Os impostos das big techs pagos no Brasil foram revistos para baixo após nova apuração da Receita Federal. Entre janeiro de 2022 e outubro de 2025, Amazon, Apple, Google, Meta, Microsoft e TikTok recolheram R$ 60,9 bilhões, valor bem inferior ao divulgado inicialmente em documentos oficiais.
A correção ocorreu depois que um ofício anterior apontou arrecadação de R$ 289 bilhões com remessas ao exterior. No entanto, segundo o Ministério da Fazenda, houve erro na extração das informações usadas na nota técnica. Assim, um novo levantamento ajustou os dados e redefiniu o tamanho real da tributação das big techs no país.
Evolução anual da arrecadação dos impostos das big techs
Os números mostram crescimento contínuo ano a ano, mesmo com o recorte parcial de 2025:
- 2022: R$ 10,46 bilhões
- 2023: R$ 12,58 bilhões
- 2024: R$ 17,80 bilhões
- 2025 (até outubro): R$ 20,06 bilhões
Nesse cenário, o valor de 2025 já supera todo o montante arrecadado em 2024. Isso indica aumento das remessas feitas pelas filiais brasileiras às matrizes no exterior, sobretudo nos Estados Unidos. Apenas a ByteDance, controladora do TikTok, tem sede fora do território americano.
A arrecadação envolve IRRF sobre royalties, assistência técnica, rendimentos do trabalho e a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre remessas. Trata-se, portanto, de um recorte específico da carga tributária das big techs, sem incluir impostos pagos sobre produtos e serviços no mercado doméstico. Ainda assim, os impostos das big techs passam a ter dimensão mais clara no debate fiscal brasileiro.











