A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) alcançou 79,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro, o equivalente a R$ 10,0 trilhões, segundo dados das Estatísticas Fiscais, divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (30/12). O avanço ocorre em um mês marcado pelo retorno do déficit primário e reforça a pressão sobre o quadro fiscal no encerramento do ano.
Englobando o Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais, a Dívida Bruta do Governo Geral avançou em relação a outubro, quando estava em 78,4% do PIB. A trajetória recente mostra crescimento contínuo desde o fim de 2024, conforme a série mensal mais recente. Portanto, aproximando o indicador do patamar de 80% do PIB. Nesse cenário, o resultado de novembro ficou em linha com as projeções do mercado, mas mantém o sinal de deterioração fiscal no curto prazo.
O movimento da dívida bruta reflete o desempenho das contas públicas. Em novembro, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 14,420 bilhões, levemente acima das expectativas. Em outubro, o resultado havia sido um superávit de R$ 32,392 bilhões, evidenciando forte oscilação mensal. No acumulado de 12 meses, o déficit primário correspondeu a 0,36% do PIB, enquanto o déficit nominal atingiu 8,13% do PIB, já incorporando as despesas com juros.
Dívida Bruta do Governo Geral e sensibilidade macroeconômica
Com a Dívida Bruta do Governo Geral em R$ 10 trilhões, os dados de sensibilidade do Banco Central ganham peso adicional. Uma elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic, mantida por 12 meses, adiciona R$ 56,3 bilhões à DBGG, o equivalente a 0,45 ponto do PIB. Já uma desvalorização de 1% do câmbio amplia a dívida em R$ 10,1 bilhões. Por outro lado, a redução de 1 ponto percentual na inflação reduz o indicador em R$ 21,0 bilhões.
De acordo com as Estatísticas Ficais do BC, esse conjunto de fatores reforça que juros, câmbio e resultado fiscal seguem determinantes para a dinâmica da Dívida Bruta do Governo Geral.











