O índice de confiança de serviços registrou avanço em dezembro de 2025 e encerrou o ano em patamar mais favorável, segundo dados da Sondagem de Serviços, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), nesta terça-feira (30/12). A melhora reflete, principalmente, a avaliação mais positiva dos empresários sobre o momento atual do setor no fechamento do ano.
Para contextualização, na metodologia do FGV IBRE, os índices são expressos em pontos, tendo 100 como média histórica. Leituras abaixo desse nível indicam percepção menos favorável do ambiente de negócios. Portanto, em dezembro, o indicador avançou para 90,6 pontos, mantendo-se abaixo da média, mas em trajetória de recuperação no fim de 2025.
Índice de Confiança de Serviços: resultado geral de dezembro
O avanço do indicador marcou a segunda alta consecutiva e reforçou a leitura de recuperação no último trimestre, após um período de desaceleração ao longo do ano.
- O índice de confiança de serviços subiu 0,5 ponto em dezembro, alcançando 90,6 pontos.
- Na média móvel trimestral, o indicador avançou 0,5 ponto, chegando a 88,9 pontos.
- Na comparação com dezembro de 2024, o índice permanece 4,3 pontos abaixo, indicando que a melhora recente não recompôs integralmente as perdas acumuladas.
De acordo com Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE, “a confiança de serviços voltou a melhorar em dezembro e sugere um momento mais favorável para o setor nesse fim de ano”.
Situação atual e expectativas segundo o Índice de Confiança de Serviços
A composição do indicador mostra que a melhora observada em dezembro foi sustentada pela percepção sobre o presente, enquanto as expectativas apresentaram comportamento distinto.
- O Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 1,9 ponto, atingindo 95,0 pontos, o maior nível desde março de 2025.
- O indicador de demanda atual subiu para 94,4 pontos, enquanto a situação atual dos negócios chegou a 95,5 pontos.
- Já o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 0,9 ponto, para 86,5 pontos, após três altas consecutivas.
- A tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 3,5 pontos, refletindo maior cautela dos empresários.
Apesar dos resultados positivos apresentados no índice de confiança de serviços, Pacini sugere cautela. Segundo o economista:
“é cedo para esperar grandes avanços da atividade para os próximos meses em um ambiente de restrição da política monetária, que afeta principalmente o consumo e a confiança das famílias”.
Leitura setorial da confiança
O comportamento do índice de confiança de serviços ao longo de 2025 mostra uma desaceleração nos três primeiros trimestres, seguida por recuperação no quarto. A FGV destaca que segmentos como Serviços Profissionais e Informação e Comunicação sustentaram o resultado de dezembro, enquanto áreas mais ligadas às famílias mantiveram trajetória descendente, especialmente nas expectativas. O fechamento do ano, portanto, indica melhora concentrada na avaliação do presente, sem alteração relevante no cenário de curto prazo delineado pelos empresários.
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