A confiança de serviços avançou pelo segundo mês consecutivo em dezembro, ao subir 0,5 ponto frente a novembro e alcançar 90,6 pontos, de acordo com dados divulgados em 31/12 pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado indica melhora na avaliação do cenário corrente, ainda que o setor demonstre cautela em relação aos próximos meses.
O avanço do índice foi puxado pela percepção sobre o momento atual. O Índice de Situação Atual do setor de serviços (ISA-S) aumentou 1,9 ponto no mês, para 95,0 pontos, o patamar mais alto desde março, quando havia alcançado 95,3 pontos. Esse comportamento sugere leitura mais favorável das condições presentes de operação.
Em contraste, as expectativas recuaram. O Índice de Expectativas (IE-S), que reflete a visão dos empresários sobre os meses seguintes, caiu 0,9 ponto em dezembro, para 86,5 pontos, interrompendo uma sequência de três altas consecutivas.
Confiança de serviços e a leitura do presente
A melhora da confiança de serviços em dezembro ficou concentrada no componente ligado à situação atual. Esse avanço aponta que as empresas avaliam de forma mais positiva a demanda recente e o nível de atividade observado no fim do ano.
Ainda assim, o descompasso entre o presente e o futuro chama atenção. Enquanto o indicador de condições atuais avança, o recuo das expectativas indica prudência diante de incertezas econômicas e de custos, o que limita uma leitura mais uniforme do humor empresarial.
Confiança de serviços e a cautela com o futuro
A queda do índice de expectativas mostra que, apesar da melhora pontual, o setor mantém postura defensiva. A confiança de serviços segue sensível a fatores como inflação, juros e ritmo da economia, elementos que influenciam decisões de investimento e contratação.
Na comparação com dezembro de 2024, o Índice de Confiança de Serviços registrou queda de 4,3 pontos na série sem ajuste sazonal. Esse dado reforça que, mesmo com a recuperação recente, o nível atual ainda permanece abaixo do observado um ano antes.
Índice da FGV e o cenário adiante
O comportamento da confiança de serviços em dezembro sugere um encerramento de ano com avaliação mais favorável do presente, porém sem entusiasmo quanto ao curto prazo. A continuidade dessa tendência dependerá da evolução das condições macroeconômicas e da capacidade do setor de sustentar a melhora observada no componente atual, ao mesmo tempo em que reduz a cautela refletida nas expectativas.











