A Opep+ decidiu estender as restrições na produção de petróleo até o final de 2025. A decisão foi tomada durante uma reunião em Riade, capital da Arábia Saudita, neste domingo (2).
O objetivo da resolução é manter os preços do petróleo em um contexto econômico e político incerto. Nesse sentido, os cortes atuais somam 3,66 milhões de barris por dia (bpd), com os Emirados Árabes podendo aumentar sua produção em 300 mil bpd de janeiro a setembro do próximo ano.
Além disso, a aliança para cortes de produção de petróleo também encomendou uma revisão externa das capacidades de seus membros, visando redefinir os níveis de produção de base. A Opep+ adiou o prazo para essa revisão para novembro de 2026.
Histórico da Opep
A Opep foi fundada em 1960 para melhorar a produção de petróleo e contrapor práticas monopolistas. Nas décadas de 1960 e 1970, controlou preços e enriqueceu seus membros. Após isso, nos anos 1980, passou a considerar questões ambientais na exploração de petróleo.
A Opep controla a produção e o preço do petróleo com cotas máximas diárias. Tal prática pretende evitar crises econômicas e superprodução com essa prática, embora alguns a vejam como uma prática de cartel.
O Brasil, entretanto, não faz parte da Opep. A Petrobras, criada em 1954, busca produzir petróleo em solo nacional para reduzir a dependência de empresas transnacionais.
Cortes de produção de petróleo: estratégia até 2025
A organização visa, assim, eliminar gradualmente os cortes voluntários, inicialmente previstos para terminarem em 2024, até 2025. Os Emirados Árabes Unidos poderão aumentar sua produção em 300 mil bpd a partir do próximo ano.
Nesse contexto, a produção recorde de petróleo dos EUA e a fraca demanda na China impactaram os preços. Além disso, a Agência Internacional de Energia (AIE) revisou para baixo suas previsões de demanda para 2024, devido à fraca procura nas economias desenvolvidas.
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Conclusão da reunião
Durante a reunião, comerciantes e analistas esperavam que a Opep+ prolongasse as reduções de oferta. O novo acordo cortes de produção de petróleo permitirá a adição de 750 mil bpd ao mercado em janeiro de 2025. A decisão coincide com a venda de ações da Aramco pela Arábia Saudita, arrecadando fundos para projetos econômicos.