Após uma forte alta em junho, o dólar continuou a trajetória de valorização nesta segunda-feira (1º), fechando o dia cotado a R$ 5,65. O movimento ocorreu em resposta às recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. A moeda americana alcançou o maior valor desde 10 de janeiro de 2022, acumulando um ganho de 16,53% no período.
Lula afirmou que o desejo por um Banco Central autônomo vem do mercado financeiro. Em entrevista à rádio Princesa, de Feira de Santana (BA), ele mencionou que o próximo presidente da autarquia deve considerar a realidade brasileira, e não apenas a visão do mercado. Lula também reiterou que o país não precisa de juros elevados atualmente. Ele ainda destacou que o presidente do Banco Central não deve ter mais importância que o presidente da República.
Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, reafirmou o compromisso da instituição com a meta de inflação. No entanto, ele alertou que o custo da desinflação aumenta se a política fiscal não for favorável.
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Dólar no Mercado
O dólar comercial encerrou o dia em alta de 1,15%, cotado a R$ 5,652 na compra e R$ 5,653 na venda, atingindo R$ 5,657 na máxima do dia. Na B3, o contrato de dólar futuro para agosto (DOLQ24) registrou alta de 1,01%, fechando a 5.666 pontos.
Na sexta-feira anterior, o dólar à vista havia terminado o dia a R$ 5,5907 na venda, com alta de 1,50%, registrando o maior valor de fechamento desde janeiro de 2022. Sendo assim, em junho, a moeda americana subiu 6,46% e, no acumulado do ano, a alta é de 15,14%.
Compra e Venda
Dólar Comercial:
-
- Compra: R$ 5,652
- Venda: R$ 5,653
Dólar Turismo:
-
- Compra: R$ 5,666
- Venda: R$ 5,846
O dólar fechou o primeiro semestre de 2024 o maior nível desde janeiro de 2022, com uma alta acumulada de 15,14% no ano. No início da sessão de julho, a moeda americana apresentou uma leve baixa. A queda é reflexo de investidores realizando lucros recentes, enquanto as preocupações com as contas públicas e a política monetária do Brasil mantinham o mercado em alerta.
No entanto, a moeda voltou a subir mais tarde no dia, impulsionada pela incerteza fiscal no governo Lula e o fortalecimento do dólar no cenário internacional.
Nas últimas semanas, o dólar tem se valorizado em relação ao real devido às preocupações dos investidores com as contas públicas brasileiras e as críticas de Lula à política monetária do Banco Central. Recentemente, Lula afirmou que a alta do dólar contra o real é consequência de especulação com derivativos e que o Banco Central deve investigar essa situação. Ele também declarou que os investidores que apostarem contra a moeda brasileira “quebrarão a cara”.