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Investimentos de R$ 100 bilhões fortalecem indústria siderúrgica

Governo e setor anunciam medidas para expansão

Investimentos na siderurgia. (Imagem: Karan Bhatia/Unsplash)
Investimentos na siderurgia. (Imagem: Karan Bhatia/Unsplash)

Na última segunda-feira (20), representantes do setor de siderurgia anunciaram investimentos de R$ 100 bilhões para os próximos cinco anos no Brasil. O evento, realizado no Palácio do Planalto, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

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Os investimentos foram apresentados durante uma reunião com Lula e Alckmin, que comemoraram a notícia como um passo para a economia brasileira. Nesse sentido, Alckmin destacou a importância dos investimentos para aumentar a competitividade e gerar empregos no país.

“São R$ 100,2 bilhões de investimento anunciado hoje. Fizemos trabalho no Mdic estabelecendo cotas, por preocupação à importação de aço, que levou à ociosidade em indústria de base importante. Também agimos na defesa comercial, estabelecendo cinco mecanismos antidumping, comprovados os dumping, e dez investigações em curso (…). Isso foi entendido pela indústria e o resultado são R$ 100 bilhões de investimento, melhorando competitividade, gerando emprego e renda”, afirmou Alckmin, referindo-se às medidas adotadas pelo governo para estimular o setor.

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Investimentos na siderurgia: medidas de proteção

Além disso, uma das principais medidas que incentivaram os novos investimentos foi a implementação de cotas de importação para 11 produtos siderúrgicos em abril. Analogamente, as cotas permitem que as compras internacionais continuem recolhendo entre 10,8% e 14,4% de imposto de importação; acima desse limite, a tarifa sobe para 25%. De tal maneira, essa medida visa proteger a indústria nacional contra o excesso de importações, especialmente da China, que tem procurado mercados alternativos para seus excedentes de aço.

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Apoio governamental

O presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, enfatizou que o Brasil está revertendo o processo de desindustrialização e que o Estado desempenha um papel crucial nesse processo. Com isso, ele destacou a importância do Estado como parceiro da indústria, ajudando a financiar e defender o setor produtivo.

Contexto global

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a capacidade de produção mundial de aço atingiu 2,4 bilhões de toneladas métricas em 2023, excedendo a demanda global em 552 milhões de toneladas. Além disso, a China e a Índia são os maiores produtores, respondendo por 47% e 6% da capacidade mundial, respectivamente. Dessa forma, com medidas de proteção comercial adotadas por EUA, União Europeia, Reino Unido e México contra o aço chinês, o país asiático buscou novos mercados, aumentando a entrada de aço no Brasil.

Desafios e metas

Em 2023, o Brasil produziu 31,9 milhões de toneladas de aço bruto e importou 5 milhões de toneladas. A produção local recuou 6,5%, enquanto as importações cresceram 57,1%. Para combater o dumping, o governo intensificou investigações de defesa comercial e já implementou 26 medidas antidumping contra produtos siderúrgicos de 13 países. Atualmente, há outras 10 investigações em curso, envolvendo países como China, Malásia, Tailândia e Índia.

Planos

Ademais, o governo brasileiro também está trabalhando em novas políticas para atrair mais investimentos na siderurgia. Alckmin anunciou que o presidente Lula deve sancionar, em breve, a depreciação acelerada para a indústria. Assim, o programa permitirá que empresas abatam compras de maquinário e equipamentos nas futuras declarações de Imposto de Renda e CSLL.

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