Kathleen Martin, ex-diretora sênior de conformidade de dados do Citigroup Inc., apresentou uma acusação grave contra o banco. Ela afirma, em uma ação judicial em Nova York, que sua demissão ocorreu por se recusar a manipular relatórios para o Gabinete do Controlador da Moeda (OCC).
Detalhes das acusações
Segundo Martin, Anand Selvakesari, diretor de operações do banco, teria pedido para esconder informações essenciais sobre as métricas de desempenho do banco. Ela alega que essa manipulação teria prejudicado a imagem do banco perante o regulador. A denúncia trouxe à tona questões sobre a integridade das práticas de governança de dados do banco.
O Citigroup contratou Martin em 2021 para renovar os processos de dados após uma multa de US$ 400 milhões imposta pelo OCC. Selvakesari, após tornar-se COO em 2023, teria orientado Martin a informar falsamente que o banco havia alcançado certos marcos de governança.
Consequências da oposição
“Quanto mais eu me opunha a fornecer informações falsas, mais minha situação no banco se deteriorava”, disse Martin em sua denúncia de 14 páginas. Ela adiciona que, apesar de documentos internos indicarem que seu desempenho era exemplar, o banco a demitiu.
Atualmente, o banco optou por não comentar o caso.
Transição de carreira e promessas
Antes de se juntar ao Citigroup, Martin ocupava um cargo sênior no J.P. Morgan Chase & Co. Ela afirma que só aceitou a mudança após garantias de que teria um papel de liderança a longo prazo no Citigroup. Inicialmente nomeada como diretora de administração de dados, foi promovida a presidente interina de transformação de dados, para ajudar a formular um plano de cumprimento com a ordem de consentimento do OCC.
“Ela esperava que o título provisório facilitasse sua adaptação para executar responsabilidades no alto escalão”, explicou Martin sobre a mudança de posição dentro do banco.
