Gary Stevenson, ex-trader do Citibank, transformou sua experiência de vida em uma narrativa no livro “The Trading Games: A Confession”. Sua história começa em Londres, onde, já no primeiro ano de atuação, negociou US$ 12 milhões, ultrapassando suas próprias expectativas com um bônus de cerca de US$ 500 mil. Antes de entrar no mundo financeiro, Stevenson ganhava a vida com trabalhos modestos, como entregador de jornal e funcionário de loja de móveis. Sua mudança de carreira foi catapultada após vencer uma competição de apostas organizada pelo Citibank, que o levou a estudar na London School of Economics.
Apesar do salário inicial modesto, o impacto dos bônus em sua vida foi imenso. No entanto, Stevenson manteve um estilo de vida simples, convivendo com sua família em um bairro de classe média baixa. Seus ganhos financeiros não traduziam em satisfação pessoal, levando-o a questionar a carreira. Curiosamente, mesmo após se tornar milionário, Stevenson ia trabalhar com sapatos furados e morava numa casa modesta, em que dormia em um sofá vermelho e quebrado.
O ponto de inflexão em sua vida ocorreu aos 27 anos, quando decidiu abandonar a carreira lucrativa no Citibank. “The Trading Games” não é apenas um relato das operações financeiras, mas também uma introspecção sobre os dilemas éticos e pessoais enfrentados por Stevenson. O livro se distingue por detalhar não só os sucessos, mas também as dificuldades emocionais e a busca por um propósito maior.
Apesar de viver com luxos ao alcance, Stevenson escolheu manter um padrão de vida modesto, destacando-se pela simplicidade mesmo diante da possibilidade de uma vida de excessos. Seu desencanto com a indústria financeira o levou a uma jornada de autoconhecimento e, eventualmente, a uma mudança radical de vida.
Depois de se afastar do mercado financeiro, Stevenson iniciou uma nova fase como ativista, usando sua voz e experiência para falar sobre desigualdade social através de seu canal no YouTube, Garyseconomics. Ele se dedica a influenciar o debate público sobre a necessidade de abordar a desigualdade como meio de promover uma sociedade mais justa.
