Publicidade

AgroGalaxy pede recuperação judicial após renúncias e crise

Agronegócio - Agropecuária - AgroGalaxy - Máquinas Agrícolas
(Imagem: Mirko Fabian/Pixabay)
Agronegócio - Agropecuária - AgroGalaxy - Máquinas Agrícolas
(Imagem: Mirko Fabian/Pixabay)

A AgroGalaxy (AGXY3), uma das maiores distribuidoras de insumos agrícolas no Brasil, solicitou recuperação judicial nesta quarta-feira (18). O pedido veio logo após a renúncia do CEO Axel Jorge Labourt e de outros cinco conselheiros. A saída surpreendeu o mercado e levou a uma queda de 13,27% nas ações da companhia, que passaram a ser negociadas a R$ 0,98.

A empresa, que viu seu valor de mercado desabar 90% desde a abertura de capital (IPO), atribuiu grande parte dos problemas financeiros aos recentes eventos climáticos adversos. Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a AgroGalaxy informou que o pedido tem como objetivo garantir a continuidade de suas operações e proteger suas subsidiárias.

O grupo inclui empresas conhecidas no agronegócio, como Boa Vista Comércio de Produtos Agropecuários, Rural Brasil e Agro Ferrari Produtos Agrícolas, que a medida também impactará.

Com a saída de Axel Jorge Labourt, o diretor financeiro da AgroGalaxy, Eron Martins, assumiu interinamente o cargo de presidente. Assim, a renúncia de outros conselheiros, como Welles Pascoal e Mauricio Luís Luchetti, também gerou grande repercussão.

Problemas com dívidas e credores

A AgroGalaxy, que vinha enfrentando dificuldades para honrar suas dívidas, deixou de pagar um valor de R$ 70 milhões em títulos de dívida nesta quarta-feira. O não pagamento pegou os investidores de surpresa e, segundo fontes do mercado, contribuiu para acelerar o pedido de recuperação judicial. A medida permitirá que a empresa ganhe uma proteção judicial contra seus credores por 60 dias.

A empresa agora busca reorganizar suas finanças e garantir que suas operações continuem funcionando, enquanto tenta negociar com credores.