Contrabando de cigarros tira 173 mil empregos do Brasil

O mercado brasileiro é dominado por marcas fabricadas no Paraguai, mas há produtos oriundos também da Coreia do Sul, Reino Unido e EUA à venda no país, especialmente em estados do Nordeste.  
O mercado brasileiro é dominado por marcas fabricadas no Paraguai, mas há produtos oriundos também da Coreia do Sul, Reino Unido e EUA à venda no país, especialmente em estados do Nordeste.  

Segundo estudo feito pela Oxford Economics, contrabando de cigarros no Brasil deixa de gerar 173 mil empregos diretos e indiretos. As marcas contrabandeadas detêm 57% do mercado nacional. Com isso, o país geraria R$ 1,3 bilhão em receitas fiscais adicionais (impostos sobre a produção e associados à venda), além de contribuir com o PIB (Produto Interno Bruto) e gerar postos de trabalho formais em toda a cadeia -cultivo de tabaco, fabricação e distribuição.

O mercado brasileiro é dominado por marcas fabricadas no Paraguai, mas há produtos oriundos também da Coreia do Sul, Reino Unido e EUA à venda no país, especialmente em estados do Nordeste.

No Paraguai, a carga tributária do cigarro é de 18%, enquanto no Brasil varia de 71% a 90%, o que faz com que o produto contrabandeado custe muito menos em solo brasileiro que os fabricados por indústrias nacionais.

O estudo da Oxford, feito entre agosto do ano passado e janeiro, considerou os dados da indústria nacional do tabaco de 2019, último ano de atividades não atingidas pela pandemia do novo coronavírus, para calcular o impacto econômico do contrabando no país.

Segundo o estudo, o setor contribuiu com R$ 9,4 bilhões para o PIB, sendo a maior fatia do cultivo de folhas (R$ 3,1 bilhões), que também é a principal empregadora.

Dos 251 mil postos de trabalho gerados pelo mercado legal, dos quais 186 mil em empregos diretos, o cultivo responde por 94 mil. As demais vagas estão nas fábricas e nos distribuidores.

O estudo apontou ainda que o consumidor de fato está trocando o produto nacional pelo contrabandeado. O consumo estimado subiu de 107 bilhões de unidades para cerca de 110 bilhões entre 2013 e 2019, mas as vendas de cigarros legalizados caíram 34%, enquanto os ilegais subiram 80%.

Assim, o produto contrabandeado passou a representar 63 bilhões, ante os 47 bilhões dos produtos nacionais, e chegou a 57% do mercado – em 2013, representava 33%.

Fonte: Folha de São Paulo.

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