O relatório Pace Pulse 2021, conduzido pela FIS (NYSE: FIS) em parceria com a Ipsos, revela uma transformação no uso de pagamentos digitais no Brasil. Cerca de 47% dos brasileiros reduziram o uso de dinheiro em espécie, um salto em relação ao ano anterior.
Evolução do Comportamento de Pagamento
Em outubro de 2020, 36% dos brasileiros já haviam diminuído o uso de dinheiro ou cheques. Essa tendência se fortaleceu em agosto de 2021, atingindo 47%. Os pagamentos sem contato, por exemplo, cresceram de 28% para 40% em um ano.
Preferência Crescente por Pagamentos Digitais
Os pagamentos online e via aplicativos móveis também registraram um aumento, indo de 46% em 2020 para 52% em 2021. Além disso, 31% dos consumidores passaram a usar mais frequentemente os QR Codes para transações.
Opinião de Especialista
Marcelo Góes, Head de Soluções e Produtos da FIS para América Latina, destaca a mudança no relacionamento do brasileiro com suas finanças. “A conveniência, agilidade e segurança são prioridades para o consumidor moderno,” afirma Góes.
Variação no Uso de Bancos Digitais
Um aumento no uso de internet e mobile banking foi observado em todas as faixas etárias, exceto entre os Baby Boomers. A geração Z e os Millenials demonstraram um aumento na preferência por plataformas digitais em comparação com agências físicas.
Novos Relacionamentos Bancários
O estudo também aponta que 58% dos participantes iniciaram um novo relacionamento bancário nos últimos 12 meses, sendo a maioria com bancos digitais. A busca por melhores benefícios e serviços exclusivos são os principais motivos para essa mudança.
Predominância dos Cartões de Pagamento
Os cartões continuam sendo o método principal de pagamento para 81% dos entrevistados, com uma crescente preferência por isenção ou baixas taxas bancárias. Curiosamente, a preferência por recompensas por cashback caiu de 33% em 2020 para 15% em 2021.
Necessidades Bancárias em Evolução
A demanda por pagamentos mais rápidos e eficientes aumentou, com 21% dos consumidores expressando a necessidade de transações quase em tempo real. Este aspecto destaca a evolução contínua das expectativas dos consumidores em relação aos serviços bancários.
Reflexões Pós-Pandemia
A pandemia acelerou várias mudanças, especialmente no digital. Pós-pandemia, 36% dos entrevistados priorizaram ter um fundo de emergência, refletindo uma mudança nas prioridades financeiras.
Marcelo Góes ressalta que as instituições financeiras estão se adaptando rapidamente a essas novas realidades. “A modernização e o conhecimento do perfil variado dos consumidores são fundamentais para o futuro dos negócios financeiros”, conclui Góes.
Este estudo revela uma clara tendência de crescimento em transações digitais e online no Brasil, refletindo uma mudança significativa no comportamento dos consumidores e nas operações bancárias.