Em fevereiro de 2022, o volume de serviços no Brasil variou -0,2% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal, acumulando, assim, uma perda de 2,0% nos dois primeiros meses deste ano. Com isso, o setor de serviços se encontra 5,4% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 7,0% abaixo de novembro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Na série sem ajuste sazonal, no confronto com fevereiro de 2021, o volume de serviços assinalou a 12ª taxa positiva consecutiva ao avançar 7,4% em fevereiro de 2022. No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o volume de serviços mostrou expansão de 8,4% frente a igual período de 2021. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 12,2% em janeiro para 13,0% em fevereiro de 2022, manteve a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2021 (-8,6%).
O decréscimo de 0,2% do volume de serviços, de janeiro para fevereiro de 2022, foi acompanhado por apenas duas das cinco atividades investigadas: serviços de informação e comunicação (-1,2%) e outros serviços (-0,9%), que acumularam, respectivamente, perdas de 4,7% e de 1,3% nos dois primeiros meses de 2022. Em sentido oposto, transportes (2,0%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e os prestados às famílias (0,1%) assinalaram as expansões do mês, com os dois primeiros registrando o quarto resultado positivo consecutivo; e o último mostrando estabilidade após ter interrompido, em janeiro de 2022 (-1,0%), uma sequência de nove taxas positivas – período em que cresceu que 59,8%.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral apontou variação positiva (0,1%) no trimestre encerrado em fevereiro de 2022 frente ao nível do mês anterior, mantendo o comportamento predominantemente positivo desde julho de 2020. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, três deles acompanharam o crescimento do índice global: os transportes (1,9%), os profissionais, administrativos e complementares (1,8%) e os serviços prestados às famílias (0,1%). Por outro lado, os serviços de informação e comunicação (-1,6%) e os outros serviços (-0,1%) apontaram resultados negativos no trimestre terminado em fevereiro de 2022.
Na comparação com fevereiro de 2021, o volume do setor de serviços, ao avançar 7,4% em fevereiro de 2022, registrou a 12ª taxa positiva seguida. O resultado deste mês trouxe expansão em quatro das cinco atividades e contou ainda com crescimento em 65,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,9%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços, impulsionado, em grande medida, pelo aumento de receita das empresas pertencentes aos ramos de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; atividades de agenciamento marítimo; e navegação de apoio marítimo e portuário.
Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%); dos prestados às famílias (17,4%) e de informação e comunicação (2,4%), que apresentaram incrementos de receita em: locação de automóveis; locação de mão de obra temporária; organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções; consultoria em gestão empresarial; atividades de cobranças e informações cadastrais; e gestão de ativos intangíveis não financeiros, no primeiro ramo; em hotéis; restaurantes; e serviços de bufê, no segundo; e em portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; consultoria em tecnologia da informação; tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na Internet; desenvolvimento de programas de computador sob encomendas; e outras atividades de telecomunicações, no último.
A informação é da Agência IBGE.