O presidente da Associação Nacional dos Delegados da polícia Federal (ADPF), Luciano Leiro, divulgou nota alertando para o risco na contingência orçamentária da Polícia Federal em relação ao aviso publicado na quinta-feira (18/11) sobre a suspensão do serviço de emissão de passaportes.
“É inaceitável que a Polícia Federal e a população que utiliza os serviços passem por essa situação constrangedora. No caso dos passaportes, estamos falando de R$ 74 milhões que são necessários para manutenção da emissão até o fim deste ano. Esse valor em nada se compara com os cerca de R$ 43 bilhões que a PF traz anualmente aos cofres públicos como resultado do seu trabalho. Um montante cinco vezes maior que o orçamento do órgão.
Além de afetar a emissão de passaportes, o contingenciamento orçamentário também reflete na rotina operacional da PF. Um exemplo é a falta de combustível para abastecer as viaturas em algumas unidades, provocando sérias consequências ao andamento das atividades de investigação da PF.
A ADPF vem reiteradamente alertando sobre a necessidade de valorização da Polícia Federal e dos policiais federais. Infelizmente, a previsão no orçamento de 2023 para PF é ainda menor, tanto para custeio quanto para investimento. A Associação continuará atuando para defender a PF e reforça que situações como essa não aconteceriam com a necessária autonomia financeira, funcional e administrativa do órgão.”
Luciano Leiro, presidente da Associação Nacional dos Delegados da polícia Federal (ADPF).