Foto: Reprodução/Youtube/Star-Advertiser
No dia 11 de dezembro de 2022, Honolulu, faleceu Abigail Kinoiki Kekaulike Kawānanakoa, conhecida como a última princesa do arquipélago do Havaí.
A herdeira do trono morreu aos 96 anos e deixou deixou uma fortuna de US$ 200 milhões (cerca de US$ 1,04 trilhão). Em testamento, ela determinou que quase metade da fortuna fosse destinada para uma fundação local que apoia a comunidade nativa havaiana.
Com a sua morte, reacendeu as controvérsias sobre um tema que ainda gera polêmica no arquipélago: a derrubada da monarquia havaiana por empresários americanos em 1893, que levou à anexação do país pelos Estados Unidos.
Apesar de não ter títulos oficiais, Abigail era um dos últimos elos vivos com realeza havaiana.
Entenda
A dinastia Kamehameha governou o arquipélago até 1872. Ao longo do século XIX, a economia do Havaí prosperaria, com a venda de madeira de alta qualidade para a China até a década de 1830, com a venda de água potável e suprimentos para navios fazendo viagens no Oceano Pacífico desde a década de 1820, com a venda de cana de açúcar desde 1830, e de abacaxis da década de 1880 em diante.
O arquipélago que forma o Havaí era povoado por polinésios, sendo que a região era governada por vários chefes polinésios locais, até 1810, quando Kamehameha I centralizou o governo do arquipélago e instituiu uma única monarquia.
O Havaí é o único Estado dos Estados Unidos cujos nativos utilizaram-se da monarquia como forma de governo. Em 1894, o arquipélago tornou-se uma república, e quatro anos depois, em 1898, foi invadido militarmente e anexado pelos Estados Unidos, tornando-se um território estadunidense em 1900. Desde então, grande número de pessoas com ascendentes europeus, vindos de outras partes do país, bem como imigrantes asiáticos, instalaram-se no Havaí, dando à população local um aspecto altamente multicultural.
Sendo um território até então, somente em 1957 o Havaí tornou-se formalmente o 50º e último Estado americano a entrar à União.
