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Fecomércio-RJ pede que Banco Central seja mais flexível, pois juros é impraticável

No exterior, o ponto alto do calendário econômico é a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. 

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) emitiu uma declaração em que pede que o Banco Central (BC) adote uma abordagem “mais flexível” em relação à meta de inflação, com o objetivo de permitir uma redução na taxa básica de juros, a Selic.

Em sua mensagem, o presidente da Fecomércio, Antonio Florencio de Queiroz Jr., afirmou que “não se trata de questionar a independência do Banco Central, mas a meta de inflação e, consequentemente, as taxas de juros devem ser reavaliadas com base nas inúmeras evidências técnicas, tanto no Brasil como no mundo, de que metas de inflação descoladas da situação atual têm sido mais prejudiciais para a economia do que um meio de combater a inflação”.

O texto também destaca que “na teoria, uma meta de inflação baixa ou muito baixa poderia ser um avanço institucional. Mas o que vemos na prática é que, segundo uma análise técnica, a meta de inflação atual está fora de sincronia com o desempenho da economia brasileira e global. O resultado é que o Banco Central está aplicando taxas elevadas, inviáveis e, infelizmente, ineficientes para alcançar seu objetivo. Por isso, deve-se discutir a flexibilização das metas, de modo que o Banco Central possa reduzir as taxas sem se afastar das metas, sempre levando em conta a realidade e a situação da economia”.

Antonio lembra que esta questão não é exclusiva do Brasil e até nos Estados Unidos, cuja taxa de juros tem impacto global, se discute se cumprir metas irrealistas pode ser mais prejudicial do que benéfico: “Há muitos economistas renomados internacionalmente que defendem esta tese, como o professor do MIT e ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Olivier Blanchard. No mundo todo, o debate atual é o mesmo que também se aplica ao nosso país: a situação atual da economia deve estar relacionada a uma meta realista, que traga benefícios concretos para a atividade econômica com uma taxa de juros mais equilibrada”, conclui a declaração.

A Fecomércio-RJ é composta por 59 sindicatos patronais, líderes empresariais, especialistas e consultores com o objetivo de fomentar o desenvolvimento dos negócios no setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado do Rio de Janeiro.

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