De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), divulgada, nesta quarta-feira (15/02), em Fortaleza, as regiões Norte e Nordeste do Brasil apresentam os maiores percentuais de trabalhadores inseguros quanto à manutenção do emprego e da renda. Mais da metade dos trabalhadores entrevistados nessas regiões relataram a possibilidade de perder o emprego ou fonte de renda nos próximos 12 meses, sendo a proporção de insegurança de 55,2% no Norte e 50,2% no Nordeste, as únicas regiões com proporção acima de 50%.
A pesquisa também revelou que o Sul teve a maior proporção de trabalhadores que consideram a perda do emprego ou fonte de renda muito improvável ou improvável, seguido pelo Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. A menor proporção de profissionais inseguros quanto à manutenção do emprego e da renda foi registrada no Sul, com 33,1%.
Em termos gerais, o percentual de insegurança quanto à manutenção do emprego e da renda no Brasil foi de 41,3%. A pesquisa faz parte da Sondagem do Mercado de Trabalho do FGV Ibre e reúne estatísticas apuradas em diferentes meses do segundo semestre de 2022.
Os dados revelam um cenário preocupante, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a insegurança é maior. Isso pode estar relacionado à precariedade do mercado de trabalho nessas regiões, que muitas vezes dependem de setores vulneráveis e de baixa remuneração, como o comércio e a agricultura. Além disso, a pandemia de Covid-19 pode ter agravado ainda mais a situação, uma vez que muitos trabalhadores perderam seus empregos ou tiveram suas jornadas e salários reduzidos.
A pesquisa destaca a importância de políticas públicas que visem à melhoria do mercado de trabalho nessas regiões, com a geração de empregos mais estáveis e remunerações mais justas.