O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta terça-feira os dados do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) referentes ao mês de fevereiro de 2023. Segundo o relatório, o IGP-DI apresentou uma leve alta de 0,04%, o que representa uma queda em relação ao mês anterior, quado o indicador havia registrado uma variação positiva de 0,06%.
No acumulado do ano, o indicador apresenta uma alta de 0,09%, enquanto em 12 meses a variação é de 1,53%. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a alta é mais moderada, já que em fevereiro de 2022 o IGP-DI havia apresentado um avanço de 1,50% e acumulava uma elevação de 15,35% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e é um dos componentes do IGP-DI, apresentou uma queda de 0,04% em fevereiro. Esse resultado representa uma melhora em relação ao mês anterior, quando o IPA havia registrado uma queda mais expressiva, de 0,19%.
Na avaliação por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais saiu de uma queda de 0,04% em janeiro para uma alta de 0,21% em fevereiro. O item combustíveis para o consumo, que havia registrado uma queda de 2,31% em janeiro, apresentou uma elevação de 3,84% em fevereiro, o que foi a principal influência na aceleração da taxa. Já o índice de Bens Finais, que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, saiu de um avanço de 0,15% em janeiro para uma retração de 0,49% em fevereiro.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação dos preços no varejo e também é um dos componentes do IGP-DI, apresentou uma variação de 0,34% em fevereiro, depois de ter crescido 0,80% em janeiro. De acordo com o Ibre, quatro das oito classes de despesa componentes desse indicador apresentaram redução nas suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de 3,28% para -0,80%), Alimentação (de 0,48% para -0,03%), Transportes (de 0,92% para 0,43%) e Comunicação (de 0,73% para 0,67%).
Entre os itens que mais influenciaram essa queda, destacam-se cursos formais (que saíram de uma variação de 7,45% para 0,00%), hortaliças e legumes (que passaram de uma queda de 0,27% para uma queda ainda mais expressiva, de 7,09%), gasolina (que apresentou uma variação positiva de 1,12% em janeiro e uma queda de -0,26% em fevereiro).