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Mulheres lideram dívidas atrasadas no Brasil, aponta pesquisa da CNC

O uso do cartão de crédito figura como o principal tipo de dívida das famílias. (Foto: Tim Douglas/Pexels)

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que no Dia Internacional da Mulher, 30,3% dos consumidores brasileiros com dívidas atrasadas eram mulheres, enquanto 29,1% eram homens. Além disso, 79,5% das mulheres estavam endividadas em fevereiro, com aumento de 1,1 ponto percentual em relação a janeiro, enquanto os homens registraram queda de 0,1 ponto, representando 77,2% dos consumidores. As mulheres também concentram o endividamento em modalidades de prazos mais curtos, principalmente no cartão de crédito, sendo 86,5% das endividadas nessa categoria.

De acordo com a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, as mulheres enfrentam uma situação financeira mais difícil do que os homens, devido a algumas peculiaridades, como a maior presença na informalidade e a responsabilidade crescente pelo sustento das famílias. Ela também aponta a importância de iniciativas que promovam conscientização e capacitação para a gestão financeira doméstica das mulheres.

Além disso, a pesquisa aponta que 18,8% das endividadas se consideram “muito endividadas”, mesma proporção observada em fevereiro do ano passado, indicando que as condições orçamentárias estão mais apertadas para o público feminino. Apesar disso, a proporção de famílias com dívidas atrasadas caiu ligeiramente em fevereiro, 0,1 ponto percentual, representando 29,8% do total de famílias. A pesquisa também mostra que as mulheres buscam resolver mais rapidamente seus problemas financeiros do que os homens. Enquanto elas ficaram em média 62 dias sem pagar dívidas, os homens permaneceram 63,5 dias com dívidas atrasadas. A pesquisa também destacou que as mulheres estão proporcionalmente mais endividadas do que os homens em três modalidades de dívida: cartão de crédito (86,5% das endividadas), carnês de lojas (19%) e crédito consignado (5,9%).

A pesquisa apontou que a elevação de 0,3 ponto percentual das famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) foi puxada pelo endividamento das mulheres em fevereiro, alcançando 78,3% das famílias no país. O indicador de dívidas atrasadas também diminuiu em fevereiro para o grupo mais pobre, com queda de 0,9 ponto percentual.

Mesmo com as renegociações, a cada 100 consumidores inadimplentes, 44 chegaram a fevereiro com dívidas atrasadas por mais de 90 dias. O tempo médio de atraso dos pagamentos foi de 62,7 dias, o maior desde janeiro de 2021.

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