Segundo o Boletim Focus, uma pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central (BC) com as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, aumentou de 5,9% para 5,96% para este ano. Para 2024, a estimativa é de inflação em 4,02%, enquanto para 2025 e 2026, as previsões são de inflação em 3,8% e 3,79%, respectivamente.
No entanto, essa previsão para este ano ultrapassa o limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Da mesma forma, a projeção para a inflação em 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
O Banco Central usa a taxa básica de juros, a Selic, como principal instrumento para alcançar a meta de inflação, e a expectativa do mercado é que a taxa encerre o ano em 12,75% ao ano. Para o final de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o final de 2025 e 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.
Além da Selic, outros fatores, como o risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas, também são considerados pelos bancos na hora de definir os juros cobrados dos consumidores. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, o que pode dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2021 subiu de 0,85% para 0,89%, enquanto para 2024, a expectativa é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 1,98%, respectivamente. A estimativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final deste ano, enquanto para o final de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.









