De acordo com a mais recente pesquisa global da PwC sobre crimes econômicos e financeiros, 46% das organizações consultadas relataram ter vivido algum tipo de problema relacionado à corrupção no setor privado. O estudo também aponta que as fraudes têm aumentado significativamente no setor de tecnologia nos últimos três anos. Essa tendência preocupante coloca em risco a integridade de toda a cadeia de suprimentos e eleva os custos para as empresas envolvidas.
Diante desse cenário, o Pacto Global da ONU no Brasil lançou em dezembro de 2021 o Movimento Transparência 100%. O objetivo da iniciativa é ajudar as empresas a avançarem em suas agendas de integridade e compliance. Atualmente, o movimento conta com o apoio de 35 empresas e de organizações como a Transparência Internacional, o Instituto Nova Maré, a Brasscom e o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Ao aderir ao Movimento Transparência 100%, a empresa assume um compromisso com as melhores práticas anticorrupção, incluindo a transparência total com a administração pública. Essa medida é essencial para combater a corrupção no setor privado, que tem um impacto negativo na economia e na sociedade como um todo.
Ainda que seja difícil medir o impacto da corrupção no setor privado, é importante destacar que a PwC, responsável por conduzir a pesquisa global sobre crimes econômicos e financeiros, está sob escrutínio por ter feito a auditoria na Americanas, onde foram encontradas inconsistências de R$ 20 bilhões.
Apesar desses desafios, o Brasil tem avançado na adoção de políticas para prevenir a corrupção. Segundo a plataforma Observatório 2030, também do Pacto Global, o país tem registrado um aumento no número de funcionários treinados em ações anticorrupção, com destaque para os setores de TI e telecom. Esses avanços são uma demonstração de que, com o compromisso das empresas e das organizações governamentais, é possível combater a corrupção e promover uma economia mais justa e transparente para todos os envolvidos.