A crise no banco Credit Suisse afetou a Bolsa brasileira, com o índice Ibovespa, da B3, fechando com queda de 0,25% aos 102.675 pontos, após cinco perdas consecutivas. A crise no Credit Suisse e as turbulências nos mercados internacionais afetaram os investidores brasileiros, que já vinham enfrentando um cenário econômico desafiador. O dólar comercial encerrou vendido a R$ 5,294, com alta de 0,7%, atingindo o maior nível desde 5 de janeiro.
O banco suíço divulgou um relatório indicando distorções em suas demonstrações financeiras, e a situação se agravou após um de seus principais investidores, o Saudi National Bank, declarar que não poderia fornecer apoio financeiro ao banco suíço por travas regulatórias. Os papéis do Credit Suisse caíram mais de 30% pela manhã e contaminaram os mercados europeus, com quedas expressivas nas bolsas de Paris, Frankfurt, Londres, Milão e Madri.
Os efeitos na Bolsa brasileira e em Nova York foram sentidos mais na parte da manhã, mas houve uma recuperação à tarde, embora os índices tenham fechado em baixa na sua maioria. O Credit Suisse registrou um prejuízo líquido de quase 7,3 bilhões de francos suíços em 2022, o pior resultado de um banco suíço desde a crise financeira de 2008.
A crise na instituição financeira ocorreu dias após dois bancos norte-americanos ligados a empresas de tecnologia falirem e terem os depósitos dos clientes garantidos pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), gerando instabilidade no mercado financeiro global. O Banco Central suíço anunciou que pode socorrer o Credit Suisse, se necessário, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que o novo arcabouço fiscal será anunciado antes da viagem oficial à China. A crise no Credit Suisse ainda é uma fonte de incerteza no mercado financeiro global, e a instabilidade econômica deve continuar nos próximos dias.
“A crise no Credit Suisse é um alerta para os investidores sobre os riscos associados aos mercados financeiros globais. Os eventos recentes mostram que mesmo instituições financeiras renomadas podem enfrentar problemas significativos, e os investidores precisam estar preparados para lidar com essas incertezas. É importante que os investidores tenham uma estratégia clara e diversificada de investimento, que leve em consideração os riscos e as oportunidades em diferentes mercados e setores”, disse o empresário Geldo Machado, presidente do Sinfac (CE, PI, MA e RN) e da Câmara Setorial do Mercado Financeiro da Fecomércio-CE.









