O governo do presidente Joe Biden aprovou nessa terça-feira um projeto de exploração de petróleo na região de Willow, no estado do Alasca, desencadeando protestos de ambientalistas. A autorização foi concedida um dia depois de a Casa Branca anunciar planos de proibir ou limitar drasticamente a extração de produtos fósseis em outras áreas do Alasca e do Oceano Ártico.
A exploração em Willow permitirá a criação de três áreas de perfuração, incluindo um total de 199 depósitos fósseis. O governo negou licença para a perfuração de dois outros locais mapeados no projeto. A ConocoPhillips, operadora do projeto, disse que considera viável a opção de três locais e que a decisão foi correta para o Alasca e a nação como um todo.
Os críticos do projeto têm pressionado a Casa Branca nas últimas semanas para que ele fosse rejeitado. Em resposta, o governo anunciou que estava trabalhando em proteções adicionais para uma vasta área do Alasca, que seria a maior restrição à exploração no estado e no Ártico.
Grupos de ambientalistas criticaram a decisão do governo e afirmaram que a exploração de petróleo é prejudicial para a luta contra as mudanças climáticas. “Estamos muito atrasados na crise climática para aprovar grandes projetos de petróleo e gás que minam diretamente a nova economia limpa que o governo do presidente Biden se comprometeu a promover”, afirmou a líder do grupo ambientalista Earth Justice, Abigail Dillen.
A exploração em Willow tem o potencial de produzir até 180 mil barris de petróleo por dia, criar até 2,5 mil empregos durante a construção e 300 empregos de longo prazo, além da previsão para gerar bilhões de dólares em royalties e receitas fiscais para governos federal, estaduais e locais.









