A Bolsa de Valores brasileira (B3) conta atualmente com 17 empresas em recuperação judicial, totalizando 23 ações ordinárias e preferenciais de companhias que passam pelo processo de renegociação de dívidas e pagamentos. Entre elas, destacam-se a Oi (OIBR4) e Americanas (AMER3), além da Rossi Residencial (RSID3), Hoteis Othon (HOOT3), Livraria Saraiva (SLED3 e SLED4) e Lupatech (LUPA4), entre outras.
Após entrar em recuperação judicial, as ações perdem consideravelmente seu valor de mercado. Um exemplo disso é a Americanas, que antes da crise valia R$ 12 e atualmente está cotada em R$ 1,04. Além disso, as ações de empresas em recuperação não podem fazer parte do índice Ibovespa, o que faz com que sejam negociadas em menor volume e sejam altamente voláteis.
Apesar desses desafios, há investidores que buscam lucros no chamado “mercado de títulos podres”, que inclui não só ações em recuperação, mas também títulos de países em moratória, como a Venezuela. Caso a recuperação judicial seja bem-sucedida, há possibilidade de valorização das ações, o que torna o investimento vantajoso para os acionistas.
Um exemplo positivo é a metalúrgica Wetzel (MWET4), que passou por um processo de recuperação judicial entre 2016 e setembro de 2022. Nesse período, a ação passou de R$ 1,40 para os atuais R$ 10,20. Ainda assim, é importante ressaltar que o investimento em ações de empresas em recuperação judicial é considerado de alto risco e exige cautela por parte dos investidores.
Empresas da B3 atualmente em recuperação judicial:
Americanas (AMER3)
Atmasa (ATMP3)
Bardella (BDLL3 e BDLL4)
Eternit (ETER3)
Pomifrutas (FRTA3)
Hoteis Othon (HOOT4)
IGB (IGBR3)
João Fortes (JFEN3)
Lupatech (LUPA3)
Nexpe (NEXP3)
Oi (OIBR3 e OIBR4)
Paranapanema (PMAM3)
Renova (RNEW11, RNEW3, RNEW4)
Pet Manguinhos (RPMG3)
Rossi Residencial (RSID3)
Livraria Saraiva (SLED3 e SLED4)
Teka (TEKA3, TEKA4)
