Nesta terça-feira (21/03), o mercado financeiro manteve a tranquilidade, mesmo com as recentes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central, que trouxeram preocupações aos investidores. O dólar comercial à vista registrou um avanço de 0,09%, encerrando o dia a R$ 5,247, enquanto o Ibovespa fechou com uma discreta alta de 0,07%, a 100.998,13 pontos.
As ações bancárias apresentaram um bom desempenho, impulsionando o mercado. Os três principais índices registraram alta, mantendo o ritmo positivo de segunda-feira. A First Republic, por exemplo, viu suas ações subirem quase 30% após uma queda de mais de 47% na sessão anterior.
Em uma conferência bancária, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, mencionou que o governo federal poderia intervir para proteger depositantes em bancos adicionais, caso necessário. Essa declaração colaborou para a valorização dos bancos, refletindo o alívio dos investidores diante da situação do sistema financeiro internacional. A compra do Credit Suisse pelo UBS e as ações das autoridades para socorrer bancos americanos em dificuldades justificam a reação positiva no mercado.
Yellen destacou que novas medidas podem ser adotadas para proteger correntistas em caso de saída de recursos em bancos menores. Segundo ela, as ações recentes das autoridades americanas demonstram um “compromisso firme em adotar as medidas necessárias para garantir a segurança das economias dos correntistas e a estabilidade do sistema bancário”.
Nesse contexto, até mesmo a ação do First Republic Bank, que acumulava uma queda de 90% em março, recuperou parte das perdas na terça-feira, subindo quase 30%. As ações de grandes bancos americanos, como Goldman Sachs, JPMorgan, Morgan Stanley e Citigroup, avançaram entre 2% e 3%.
Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou com alta de 0,98%. O S&P 500 subiu 1,30% e o Nasdaq apresentou avanço de 1,58%. As bolsas europeias também seguiram essa tendência positiva, com o Euro Stoxx 50 fechando com alta de 1,51%. O FTSE 100, da Bolsa de Londres, e o DAX, de Frankfurt, também se destacaram, com altas de 1,79% e 1,75%, respectivamente.
Diante desse cenário, os investidores continuam atentos às críticas de Lula ao Banco Central e às intervenções internacionais, buscando compreender os possíveis impactos desses eventos no mercado financeiro. A recuperação das ações bancárias e a promessa de proteção aos correntistas pelas autoridades internacionais trazem algum alívio, mas a prudência.









