A Accenture, empresa de consultoria de gestão, tecnologia da informação e terceirização, anunciou que irá cortar 19.000 postos de trabalho, o que representa cerca de 2,5% da sua força de trabalho, devido à redução nas previsões anuais de receita e lucro. Essa medida é um sinal de que a desaceleração da economia global está afetando os gastos corporativos em serviços de tecnologia da informação.
Os cortes de empregos terão um alto custo para a consultoria, com uma estimativa de US$ 1,2 bilhão em indenizações e outros custos com pessoal, além de US$ 300 milhões extras na consolidação de escritórios. Mais da metade das demissões afetará funcionários em funções corporativas “não faturáveis”.
A Accenture espera que o crescimento anual da receita fique entre 8% e 10%, em comparação com a projeção anterior de 8% a 11% de aumento. A Cognizant Technology Solutions, concorrente da Accenture, também apontou para um crescimento “silencioso” nas reservas em 2022, após a previsão de receita para o primeiro trimestre ficar abaixo das expectativas do mercado.
Os cortes anunciados pela Accenture são os maiores até agora no setor de consultoria. A McKinsey também revelou planos para cortar 2.000 empregos, enquanto a KPMG anunciou que demitiu quase 700 profissionais de sua prática de consultoria nos Estados Unidos. Outras empresas, como a EY, estão reduzindo suas metas de contratação em milhares de pessoas.
