Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

OAB pede suspensão de processos de compra de terras por estrangeiros no Brasil

Foto: Divulgação

Na quarta-feira (29/03), o Conselho Federal da OAB protocolou um requerimento solicitando a participação como amicus curiae em duas ações que regulamentam a compra de terras por estrangeiros no Brasil. A entidade chega a requerer a suspensão de todos os processos jurídicos e negócios de transação que tenham como objeto a aquisição de terras no Brasil por empresas de capital estrangeiro.

O pedido faz oposição à ADPF 342, apresentada em 2015 pela Sociedade Rural Brasileira, que contesta um parecer da Advocacia-Geral da União que vetou a compra de terras por estrangeiros no país. A entidade também requer admissão na ACO 2463, ajuizada pela União e pelo Incra, pela qual a AGU pede a anulação de um parecer emitido pela Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de São Paulo.

Segundo Francisco de Godoy Bueno, sócio fundador do escritório Bueno, Mesquita e Advogados, que atua no processo como amicus curiae desde 2015, o requerimento da OAB não pode ser aceito por ausência de prazo processual. O advogado afirma que o ingresso como ‘amigo da corte’ só é admitido antes do início do julgamento, que já passou por sustentação oral e já teve votos de ministros.

Para Bueno, todas as empresas estabelecidas em território nacional estão condicionadas a seguir as obrigações da legislação brasileira referentes aos aspectos trabalhistas, ambientais e tributários. Portanto, as empresas brasileiras de capital estrangeiro devem ter tratamento isonômico com as empresas brasileiras de capital nacional.

O requerimento da OAB, que é uma entidade que supostamente deveria representar os valores da advocacia, acabará servindo aos interesses daqueles que querem limitar a força da propriedade privada e da livre iniciativa no Brasil, segundo o advogado. A solicitação está nas mãos do ministro André Mendonça e, se for deferida, irá impactar milhares de negócios em andamento e provocar a desvalorização imediata em terras que hoje são de propriedade de estrangeiros, além de gerar enorme insegurança jurídica para futuros negócios no país.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas