Os fundos de investimento tiveram saques líquidos de R$ 82,1 bilhões no primeiro trimestre de 2023, um resultado negativo para o período desde 2019, de acordo com dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
A reversão de tendência em relação ao mesmo período do ano anterior, quando houve captação líquida de R$ 42,6 bilhões, pode ser explicada pelo cenário de juros altos, com a Selic em 13,75%, que tem levado os investidores a preferirem a alocação direta em títulos de renda fixa.
A aversão ao risco também tem influenciado investidores nos Estados Unidos e Europa, em meio à crise bancária e ao aumento de juros em países desenvolvidos para combater a pressão inflacionária.
As categorias mais afetadas pelos resgates foram os fundos multimercado e de ações, enquanto a renda fixa teve captação líquida no mesmo período do ano anterior.