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Sugestões em mudança na política monetária são piores que as críticas, dizem ex-integrantes do BC

(Foto: Pexels)

As sugestões feitas para serem colocadas em prática à frente da política monetária brasileira são piores que as críticas feitas por quem não concorda com a alta de taxas de juros atual. Essa é a avaliação de pessoas que comandaram o Banco Central, durante evento promovido nesta quarta-feira, 5, pelo Bradesco BBI, em São Paulo.

Para Rodrigo Azevedo, ex-diretor do BC e sócio da Ibiúna Investimentos, a proposta do governo federal de elevar a meta da inflação atrapalha o trabalho desenvolvido pelo Banco Central.

“Se o presidente da República começa a criticar não o BC, mas a meta de inflação, a reação dos agentes é achar que a inflação no médio prazo será mais alta. Fica mais custoso, porque o BC tem que manter os juros mais altos e por mais tempo. O BC tenta ancorar as expectativas de inflação na meta, mas o outro ente faz com que elas subam. Uma coisa é a criticar, a outra é atrapalhar”, opinou.

Já Alexandre Schwartsman, economista com passagem pelo BC, o que preocupa é que sejam colocados na diretoria do Banco Central pessoas que sejam mais complacentes com decisões que gerem inflação. “A inconsistência no comportamento do BC vai produzir expectativas de inflação acima da meta”, alertou.

Outro integrante do evento, Fabio Kanczuk, acredita que a atual gestão não vai ceder às pressões vindas do mundo político. “A pressão faz parte do jogo”, comentou o head de macroeconomia da ASA Investments.

Por fim, o trio concordou que no momento, o Brasil não corre risco de sofrer uma crise de crédito. “Não tem evidência disso”, disse Kanczuk.

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