O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou nesta sexta-feira (28) que a taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,8% no primeiro trimestre deste ano. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostram que o número de desempregados atingiu 9,4 milhões.
Os analistas consultados pela agência Bloomberg previam uma taxa de desocupação de 8,9% nos primeiros três meses deste ano, que coincidiram com o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No quarto trimestre de 2022, a taxa de desemprego era de 7,9%, e o número de desempregados era estimado em 8,6 milhões.
O trimestre até fevereiro deste ano já registrava uma taxa de desemprego de 8,6%, com um contingente de 9,2 milhões de desempregados. É comum que o primeiro trimestre apresente um aumento no desemprego, em decorrência do fim dos contratos temporários de final de ano em setores como o comércio.
Os dados da Pnad Contínua retratam tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal, englobando desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.
A vacinação contra a Covid-19 impulsionou a geração de vagas de emprego em 2021, permitindo a reabertura dos negócios e a volta da circulação de pessoas. Apesar disso, a recuperação do mercado de trabalho foi acompanhada pela queda da renda média, que desabou com a alta da inflação. Recentemente, o rendimento começou a dar sinais de melhora com a trégua de parte dos preços e a retomada do emprego formal.
Entretanto, economistas alertam que a recuperação do mercado de trabalho pode perder velocidade em 2023, em função do cenário de desaceleração da atividade econômica do país e dos juros elevados.