O governador da Flórida, Ron de Santis, sancionou na última terça (2) lei que proíbe gastos públicos feitos por agentes estatais para promoção de metas ambientais, sociais e de governança associados ao ESG (Environmental, Social and Governance).
A preocupação do republicano é que o cumprimento de metas baseados nesse sistema podem levar a Flórida a sofrer um colapso no setor produtivo, pois o foco das metas ESG priorizam a “sustentabilidade”.
Por meio do Twitter, o governador fez uma crítica direta às metas ESG: “O ESG representa uma tentativa de impor uma agenda ideológica por meio de grandes instituições financeiras, e não por meio do processo constitucional. Essa corrida final em torno da responsabilidade constitucional é ruim para a economia e para o autogoverno”, disse De Santis, justificando o motivo para a inclusão da legislação anti-ESG no ordenamento jurídico da Flórida.
Apesar da sanção, não ficou definido como será a aplicação da lei na prática. Na avaliação de advogados e analistas de crédito, a nova lei pode fazer com que os municípios não obtenham mais acesso a grandes empresas, pois várias delas financiam projetos com iniciativas semelhantes ao da ESG.
A lei também proíbe a venda de títulos de dívida atrelados a metas ESG, uma forma popular de financiar projetos de energia renovável ou de reduzir os custos da dívida caso metas sobre diversidade de gênero ou sobre emissões de gases de efeito estufa sejam cumpridas.