O Brasil ainda não figura entre os países mais produtivos do mundo, com uma baixa produtividade que custou à indústria R$ 500 bilhões em 2022. Esse valor corresponde a um acréscimo de 5,6% no PIB, segundo a Cogtive. Os trabalhadores brasileiros têm baixa escolaridade e dificuldade em lidar com tecnologias, o que dificulta sua inserção em empresas mais modernas. A digitalização e mudanças em processos podem levar empresas a aumentar sua produtividade.
A Nestlé, por exemplo, trabalha com a startup Workverse para desenhar novos processos de onboarding, o que resultou em uma economia de mais de 500 horas por mês do time de RH.
A transformação digital é a principal prática adotada pelas empresas mais produtivas do mundo, segundo a consultoria McKinsey. Na Natura, a digitalização dos processos de vendas levou a um salto de produtividade, com consultoras que utilizam ferramentas digitais tendo uma produtividade 35% maior.
A Motz, do grupo Votorantim, deu um salto de produtividade a partir de um diagnóstico feito pela HR Tech Kultua, que ajudou a reduzir burocracias e demoras na tomada de decisão.
Entre os principais fatores que explicam a baixa produtividade no Brasil estão a complexidade do sistema tributário e a falta de infraestrutura para abrir e desenvolver negócios.
O país tem uma massa muito grande de empresas de produtividade baixíssima, mesmo comparado com Chile, México e China. No entanto, a digitalização pode ajudar empresas a driblar problemas macroeconômicos e dar saltos produtivos individuais.
