O Brasil tem 464 milhões de dispositivos digitais (computador, notebook, tablet e smartphone) em uso no Brasil (corporativo e doméstico). Em maio desse ano, a projeção é que serão mais de dois dispositivos digitais por habitante, de acordo com a 34ª edição da Pesquisa Anual do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGVcia).
Em 35 anos, essa parcela de investimento cresceu 6% ao ano, passando de 1,3% em 1988 para 9% em 2022. Mesmo assim, o país ainda está abaixo dos níveis dos países mais desenvolvidos. A pesquisa traz que as empresas têm investido cada vez mais no setor de Tecnologia da Informação (TI), as companhias no Brasil destinaram em média 9% do seu faturamento em tecnologia.
O coordenador da pesquisa do FGVcia, professor Fernando Meirelles, afirma que gastos e investimentos em TI nas empresas continuam crescendo em valor, maturidade e importância para os negócios existentes e para viabilizar novos modelos de negócios. “Seu valor depende de vários fatores, os dois principais são: o estágio ou nível de informatização e o ramo no qual a empresa atua.”
A FGVcia também investigou a participação no mercado dos fabricantes de 26 categorias de software. A Microsoft continua dominando várias categorias no usuário final, algumas com perto de 90% do uso. Os fabricantes que mais cresceram sua participação foram: Google e Qlik. Já para Videoconferência, o Microsoft Teams cresceu para 42%, passando o Zoom, que ficou com 35%.
Uma categoria que continuam sendo a mais lucrativa para os fabricantes são os programas de Inteligência Analítica (BI – Business Intelligence and Analytics), são elas: SAP com 24%, Oracle, Totvs, Microsoft, Qlik, com 16% cada, e IBM, com 9%, são líderes desse segmento, com 96% do mercado.
No entanto, um dado inédito da pesquisa é que 90% do uso de Inteligência Analítica no departamento financeiro das empresas, 89% utiliza o Microsoft Word (voltado para textos) enquanto o Microsoft Excel (com foco em planilhas) é soberano em 91% dos ambientes de trabalho e a nuvem responde, em média, por 42% do processamento nas empresas.