Os dados da edição de 2022 da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram que seis a cada 10 pessoas querem empreender no país. Realizada pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), a pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (09/05) e pontuou que o investimento em políticas públicas é essencial para impulsionar o empreendedorismo no país.
O Brasil fica em 2º lugar no ranking global da proporção percentual de potenciais empreendedores. Está atrás somente do Panamá, por poucos milésimos, onde a população é somente de 4,5 milhões de pessoas ante os quase 200 milhões de brasileiros.
Em entrevista coletiva, Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae, disse que o país tem uma população com perfil empreendedor e que não é comum em outros locais. “Isso dá ao Brasil o poder de dinamizar a economia e de impulsionar o seu desenvolvimento”, completou.
Entre os motivos para empreender está a escassez de empregos (82%), construção de riqueza (64%) e a continuidade de uma tradição familiar (44%). Além disso, a pesquisa apontou que 67% da população brasileira está envolvida com empreendedorismo, o que corresponde a 93 milhões de brasileiros. Desses, 42 milhões já são empreendedores, ou seja, que têm um negócio; enquanto 51 milhões seriam potenciais empreendedores, aqueles que não têm um empreendimento, mas que gostariam de ter em até três anos.
O levantamento também aponta que houve uma melhora na qualidade do empreendedorismo brasileiro no último ano. De acordo com o GEM, no ano passado, a taxa foi de 10,4%. Por fim, a pesquisa também mostrou uma redução no empreendedorismo por necessidade, o que refletiu na taxa dos empreendedores iniciais. O número passou de 48,9% em 2021, para 47,3% em 2022.