Pela segunda vez, o Brasil liderou o ranking do Índice Global de Complexidade Corporativa de 2022. O levantamento analisa o cenário de 77 jurisdições para se fazer negócios e apenas 32% do número total de países, mas consegue englobar as principais e maiores economias do mundo.
O volume de mudanças regulatórias e os três níveis de regimes tributários no país (municipal, estadual e federal) que exigem atenção redobrada para se manter em regularidade, estão entre os principais motivos que impulsionaram a posição de destaque do Brasil.
Em entrevista ao Metrópoles, Fernando Cavalcanti, vice-presidente e sócio do NWGroup, comentou que não é de hoje que as constantes mudanças tributárias impactam os negócios por todo o país. “Temos, em média, 46 novas regras de tributos criadas a cada dia útil, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). É um cenário que, infelizmente, tem fomentado, cada vez mais, a insegurança empresarial.”
Mesmo diante de uma realidade instável, as opções existem não só para que esses negócios se mantenham organizados, estruturados e, excepcionalmente, regulares. As empresas também contam com a possibilidade de reaver o que recolheram indevidamente. De acordo com Cavalcanti, é preciso observar a importância de manter o monitoramento acerca da volatilidade tributária e garantir uma gestão bem estruturada do negócio.
“A desorganização financeira faz com que 95% das empresas brasileiras recolham impostos de forma indevida. Esse é um dado do IBPT, que ilustra, mais uma vez, a complexidade de se fazer negócios e, principalmente, perpetuar a existência de uma empresa já em operação”, finaliza.










