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Governo Federal prepara plano de incentivo para acelerar a indústria automotiva

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Na segunda-feira (15/05) em discurso no 5º Fórum Paulista de Desenvolvimento, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o Executivo prepara “boas notícias para a indústria.” O objetivo é lançar um plano de incentivo para toda a cadeia industrial, com medidas que incluem linhas de crédito para o setor fabril, reduções tributárias, aumento do índice de nacionalização de bens manufaturados e um programa de financiamento para veículos.

As medidas têm como foco principal os carros de entrada, com o objetivo de reduzir os preços iniciais de modelos compactos com motor 1.0 para uma faixa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. O anúncio oficial está previsto para o dia 25 de maio, data que celebra o Dia da Indústria.

O tema é visto com certa urgência para as montadoras e concessionárias, em um momento de queda de vendas, fábricas suspendendo a produção e sindicatos de trabalhadores temendo demissões. Além disso, a crise econômica e a pandemia fizeram as empresas apostar em modelos mais rentáveis, deixando de lado os modelos menos lucrativos, como os carros populares.

Para as marcas que não oferecem modelos de baixo custo, a ideia é criar formas de reduzir os preços dos automóveis já existentes, sem retirar o mínimo possível de equipamentos. Isso porque, segundo representantes das montadoras, o carro depenado, sem conteúdo, não vai de encontro ao que o brasileiro quer.

Todas as medidas têm como objetivo estimular as vendas no varejo, mas é provável que os carros mais simples acabem em frotas de aluguel de carros. Esses modelos seriam demandados pelos motoristas de aplicativo que aderem aos programas de assinatura de longo prazo. Segundo dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), os atrasos de pagamentos com mais de 90 dias chegaram a 5,9% dos contratos, o que representa um aumento de 1,5% em relação a 2021.