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Indústria química pode ter R$ 70 bilhões em investimentos para gás natural

Sexta maior do mundo, a indústria química brasileira tem cerca de R$ 70 bilhões em investimentos que podem sair do papel se a oferta de gás natural for ampliada no mercado nacional. Nesta quarta-feira (17/05), o plano foi apresentado ao Ministério de Minas e Energia (MME) por representantes do setor como Braskem, Dow Chemical, Rhodia, Yara, Air Liquide e Unigel.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), seis unidades produtivas foram fechadas entre 2011 e 2017, por causa dos altos preços do gás. Em 12 meses até março, o déficit na balança comercial de produtos químicos somava US$ 61,8 bilhões. Hoje o insumo chega às fábricas por até US$ 18 por milhão de BTU (unidade térmica britânica), enquanto o valor está abaixo de US$ 5 nos Estados Unidos e na Europa.

Nesse mesmo período, a oferta de gás natural para uso industrial no Brasil manteve-se inalterada. Hoje, enquanto os americanos pagam menos de US$ 4 por milhão de BTU, o consumidor industrial tem de desembolsar entre US$ 16 e US$ 17 por milhão de BTU no país.

“Precisamos de uma política pública voltada ao aumento da oferta de gás e preços competitivos”, afirma o presidente da Abiquim, repetindo o pleito dos últimos dez anos. Em 2019, pondera, a Lei do Gás trouxe alguns ganhos, mas não houve alteração na oferta.

Os projetos levados pela associação ao MME são:

  • Fábrica de fertilizantes, com cerca de 50% de execução pela Petrobras, em Três Lagoas (MS);
  • Nova unidade de fertilizantes em Uberaba (MG);
  • Planta de metanol (usado na produção de biodiesel) em localização ainda indefinida de Minas Gerais;
  • Duplicação da unidade de fabricação de eteno (insumo para PET e defensivos agrícolas), da Braskem, em Duque de Caxias (RJ);
  • Ampliação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), hoje controlado pela Petrobras, em Itaboraí.
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