Com dívida bilionária de mais de R$ 3,3 bilhões a ser paga ao Brasil devido a concessão de empréstimos realizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), uma das alternativas estudadas pelo governo da Venezuela é honrar esses compromissos através do fornecimento de petróleo e energia elétrica.
Essa possibilidade foi revelada pelo presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, em entrevista concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira, 15. A transferência do fornecimento de energia seria para Roraima, estado que faz fronteira que o país, na região Norte. Já o petróleo seria repassado para todo o Brasil.
Segundo Mercadante, essa modalidade de transação que foi muito utilizada na Idade Antiga e que precedeu a monetarização da economia e levava o nome de “escambo”.
Segundo o jornal Valor Econômico, houve aumento na produção de petróleo na Venezuela. A Chevron, que é parceira da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) tiveram crescimento de 80%. O motivo para o balanço positivo foi a derrubada de restrições feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que permitiu que a petrolífera explorasse o petróleo venezuelano. Em compensação, outras empresas como a italiana Eni e a espanhola Repsol podem negociar com o país comandado por Nicolas Maduro, mas não podem fazer nenhuma repasse à PDVSA.
