O dólar comercial concluiu a semana com uma valorização acumulada de 1,46%, encerrando a sexta-feira, 19, cotado a R$ 4,996, em alta de 0,56%. Mesmo com este aumento, a moeda americana mantém-se em um patamar considerado mais baixo, acumulando uma queda superior a 5% desde o início de 2023. Esse panorama é atribuído, em parte, à taxa Selic atualmente elevada para 13,75%, que tem sido um fator de atração para investidores estrangeiros.
No cenário interno, o Ibovespa também se valorizou e fechou em alta de 0,58%, atingindo 110.744 ponto. Ao longo da semana, a bolsa brasileira valorizou 2,10%.
Na lista de ações mais negociadas, a BBDC4.SA liderou com uma alta de 2,1%, seguida de PETR4.SA que apesar de ter apresentado uma leve queda de 0,19%, foi uma das mais movimentadas do dia.
Em relação às maiores altas, a MRVE3.SA surpreendeu com um aumento de 7%, seguida de perto pela RAIZ4.SA com uma valorização de 6,63%. Por outro lado, a AZUL4.SA apresentou a maior queda do dia, fechando com uma desvalorização de 3,38%.
No cenário internacional, o Dow Jones fechou com uma queda de 0,33% (33.426 pontos), o S&P 500 também fechou em baixa, de 0,14% (4.191 pontos), assim como o Nasdaq que teve uma queda de 0,24% (12.657 pontos).
A atenção do mercado se voltou para as declarações de Jerome Powell, dirigente do Federal Reserve, que afirmou não estar claro se a taxa básica de juros precisará subir novamente. Powell mencionou a incerteza sobre o impacto dos aumentos anteriores nos custos de empréstimos e o recente aperto do crédito bancário, combinado com a dificuldade de controlar a inflação.
No Brasil, operadores seguem acompanhando de perto a tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso, na expectativa de que sua aprovação possa diminuir a percepção de risco no país.
Além disso, houve uma revisão positiva das expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nesta sexta-feira (18/05) por diversos economistas e instituições do mercado financeiro. Essas revisões vieram na sequência da divulgação do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) referente ao mês de março e primeiro trimestre de 2023.
Instituições como o Bradesco, MB Associados, Banco Pine, Austin Rating, Banco ABC Brasil e Santander Brasil atualizaram suas previsões para o PIB após o anúncio do BC. Algumas delas, inclusive, ajustaram suas projeções para o crescimento econômico dos primeiros três meses de 2023, enquanto outras também revisaram as expectativas para o PIB anual.