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Varejo enfrenta desafios com taxa de juros elevada e consumidores endividados

Foto: Demian Smit/Pexels

Após um primeiro trimestre negativo para o setor varejista, com prejuízos, aumento das perdas e queda nos lucros das principais redes do país listadas na Bolsa, o horizonte para a recuperação parece distante.

Mesmo com a perspectiva de um ciclo de cortes de juros no segundo semestre, conforme esperam os analistas, o setor continuará enfrentando taxas em níveis elevados e uma população endividada que já consumiu grande parte das economias acumuladas durante a pandemia.

De acordo com dados do Banco Central, os saques líquidos (diferença entre retiradas e depósitos) da poupança atingiram o montante de R$ 57,5 bilhões em abril. Esse valor representa mais da metade do total registrado durante todo o ano passado (R$ 103,2 bilhões), quando atingiu um patamar recorde.

Por que os juros impactam tanto o setor varejista? Porque eles afetam diretamente as duas pontas:

As empresas do varejo dependem fortemente de crédito para operar. Com a taxa Selic em níveis elevados, não apenas os novos empréstimos se tornam mais caros, mas também a gestão das dívidas contraídas em anos anteriores se torna mais onerosa.

Por outro lado, sem poupança e com um alto nível de endividamento, os consumidores perdem o apetite para compras. As vendas a prazo sem juros, que poderiam impulsionar o setor, estão se tornando cada vez mais raras devido à restrição do acesso ao crédito pelas empresas.

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