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A Nova Economia da Amazônia: Proteger a floresta pode render R$ 40 bilhões ao PIB até 2050

Estudo revela que proteger a Amazônia e impulsionar sua economia sustentável pode gerar R$ 40 bi ao PIB em 2050, além de empregos e preservação ambiental. Saiba mais!

Na Conferência Panamazônica de Bioeconomia, realizada nesta terça-feira (20/06), foi apresentado o estudo “A Nova Economia da Amazônia”, que revelou os benefícios econômicos de proteger a Amazônia e transformá-la em um motor de crescimento sustentável. Os resultados indicam que essa abordagem poderia render ao Brasil um acréscimo de R$ 40 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) até 2050, além de gerar 312 mil empregos adicionais.

O estudo, baseado em técnicas econométricas e modelos desenvolvidos por diversos grupos de pesquisa no Brasil, também apontou que a proteção da floresta resultaria na preservação de 81 milhões de hectares de florestas e no armazenamento de 19% do estoque de carbono. Para alcançar esses resultados, seriam necessários investimentos anuais estimados em 1,8% do PIB nacional, em comparação com 1% no cenário atual.

Dos R$ 2,56 trilhões adicionais necessários para essa mudança estrutural, R$ 442 bilhões seriam destinados à agricultura e pecuária de baixa emissão de carbono, R$ 217 bilhões à bioeconomia e restauração, R$ 410 bilhões à matriz energética e R$ 1,49 trilhão à infraestrutura. Esses investimentos contribuiriam para a transição da região amazônica para uma economia de alta produtividade, alto emprego e alto valor agregado.

O estudo também revelou que 83% da demanda por produtos provenientes da Amazônia Legal, como gado, cultivos e madeira de baixo valor agregado – principais impulsionadores do desmatamento -, vêm de fora da região. Além disso, a Amazônia possui um déficit comercial anual de 114 bilhões de reais em relação ao restante do Brasil e ao mundo. Portanto, é necessário um investimento adicional significativo para transformar esse modelo econômico, evoluindo para um cenário de desmatamento zero e crescimento sustentável.

O estudo destacou ainda que a inação teria um custo muito maior. Os danos decorrentes de eventos climáticos extremos e outros impactos das mudanças climáticas superariam em mais que o dobro o investimento necessário para a proteção e desenvolvimento sustentável da Amazônia.

“A Nova Economia da Amazônia” é uma iniciativa do WRI Brasil (Instituto de Recursos Mundiais), em parceria com instituições brasileiras de pesquisa de diferentes regiões do país. O projeto modelou diversos cenários para o futuro econômico da maior floresta tropical do mundo, desde o atual até um cenário ideal de desmatamento zero e crescimento verde.

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