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Alta da Selic Impacta na Economia das Famílias Brasileiras: Entenda o Efeito da Taxa de Juros

Anteriormente, a taxa de depósito era de -0,5%. Agora, passa a ser de 0%. (Foto: Freepik)

A taxa básica de juros, a Selic, mantida em 13,75% ao ano, tem desencadeado uma série de repercussões negativas na economia doméstica. Quase 80% das famílias brasileiras, que têm dívidas a pagar, sentem o impacto desse cenário nos custos de financiamentos para a compra de produtos como carros e alimentos.

Segundo especialistas ouvidos pela CNN, a persistência de uma Selic alta incrementa o custo das dívidas, uma vez que estas acompanham a taxa básica de juros da economia brasileira. Essa dinâmica é respaldada por um levantamento do Banco Central (BC), que evidencia um disparo nos custos, em consonância com a alta da Selic.

A ascensão da taxa teve início em março de 2021, quando saltou de 2% para 2,75%. A partir de agosto do mesmo ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optou por manter os juros em 13,75% ao ano.

Para ilustrar, em fevereiro de 2021, um financiamento de carro por um banco estatal implicaria numa taxa de 14,47% ao ano. Entretanto, em junho deste ano, a mesma modalidade de financiamento passou a ter juros de 25,91% ao ano.

Não menos relevante, o rotativo do cartão, linha de crédito comum entre os brasileiros, também sofreu com a alta da Selic. Segundo o BC, antes da subida da taxa, o custo deste empréstimo em um banco estatal era de 220,22% ao ano. Hoje, este valor é de 414,6% ao ano.

Com juros mais altos, a inadimplência disparou. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o não pagamento de financiamentos totais subiu 0,8% em abril, em comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando 3,5%.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, explica: “Quando você tem uma alta da Selic, os juros futuros que financiam bens de médio e longo prazo sobem muito. Então o custo financeiro das famílias, que é financiar a compra de um alimento no supermercário no cartão de crédito, por exemplo, vai aumentar porque ela vai pagar mais juros.”

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revela que a proporção de famílias com dívidas a vencer se manteve em 78,3% em maio, pelo quarto mês consecutivo. O nível é maior do que há um ano, quando estava em 77,4%.

Portanto, a alta dos juros tem afetado o orçamento, principalmente das famílias de classe média, enquanto políticas voltadas para os benefícios sociais tentam amenizar os efeitos nos grupos de menor renda.

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