A Yduqs (YDUQ3), dona de instituições de ensino superior como a Estácio, experimenta um aumento impressionante em suas ações ordinárias, registrando um crescimento de 7,35% (R$ 20,89) às 12h02 desta quarta-feira (21). Este aumento veio após a publicação de um relatório do Bank of America, que elevou sua recomendação para as ações de neutra para compra e seu preço-alvo de R$ 11 para R$ 24.
No acumulado de 2023, as ações da Yduqs são destaque de ganhos do Ibovespa, superando ganhos de 100% até o fim da manhã desta quarta-feira.
O relatório do banco americano destaca os principais fatores operacionais, financeiros e de valuation que levaram à revisão de sua posição em relação à Yduqs, uma importante companhia de educação.
Aspectos Operacionais e Financeiros Favorecem a Yduqs
O relatório destaca que a Yduqs deve se beneficiar de uma menor oferta em seu segmento de atuação. A empresa tem focado em segmentos premium, como a medicina, onde o Ministério da Educação tem controlado a oferta de novas vagas, permitindo novos cursos apenas em regiões com falta de profissionais.
Os estudantes dos segmentos premium geralmente têm a renda mais protegida em tempos de crise, o que o Bank of America vê como um diferencial para a Yduqs.
O relatório acrescenta: “A Yduqs se beneficia de uma tendência positiva dada a qualidade da base de estudantes capturada no ciclo passado com uma menor porcentagem de descontos”. Isso, junto com uma melhoria do ambiente macroeconômico, deve apoiar resultados sólidos e um desempenho ainda maior das ações.
Posição de Caixa Sólida e Perspectivas de Valuation
A empresa também tem uma posição de caixa sólida de R$ 17 bilhões, permitindo lidar com suas obrigações de dívida nos próximos dois anos.
Os analistas do Bank of America veem a Yduqs em uma posição única, considerando sua alta liquidez, balanço forte e forte impulso de ganhos. Eles ainda veem espaço para mais crescimento, dada a alavancagem operacional da empresa e a forte captação.
Quanto ao valuation, a Yduqs negocia a um múltiplo de 5,1 vezes na relação entre valor de mercado e projeção de Ebitda para 2024, em linha com seus pares, mas com um desconto de 21% em relação à média histórica de cinco anos e com desconto de 17% em relação à média de três anos.
