A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê uma queda no volume do comércio mundial de mercadorias em 2023, após um crescimento de 2,7% em 2022, segundo análise divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na terça-feira (21/06).
No entanto, o Brasil destaca-se como a maior economia e exportador da região, apresentando um crescimento contínuo nas exportações. Entre os 30 principais exportadores mundiais de 2022, o Brasil ocupa a 26ª posição, com uma participação de 1,3% nas exportações globais.
A previsão de crescimento do volume exportado na região está fortemente ligada ao desempenho do Brasil. Os resultados até maio indicam um crescimento no volume exportado de 9,3% entre 2022 e 2023, superando o aumento de apenas 0,6% no mesmo período entre 2021 e 2022.
Apesar das projeções de desaceleração no segundo semestre, com impacto negativo nas vendas para a Argentina e União Europeia, o Brasil registrou um saldo recorde na balança comercial de maio, com um acumulado de US$ 34,9 bilhões no ano.
A análise por setor de atividade mostra um aumento no volume exportado na agropecuária (36,9%), indústria extrativa (52,4%) e indústria de transformação (14,2%). Embora os preços tenham recuado em todos os setores, o desempenho positivo do volume resultou em variações positivas em valor.
Esses dados ressaltam a preocupação com a previsão de queda no comércio mundial de mercadorias, porém, evidenciam o desempenho positivo do Brasil nas exportações. O país continuará enfrentando desafios e oportunidades no comércio internacional, e monitorar o setor de atividade e as tendências do mercado será essencial para seu desenvolvimento.