Uma investigação em andamento da Polícia Federal, que começou com o foco no superfaturamento de kits de robótica no Ministério da Educação, encontrou indícios de um esquema mais amplo que pode ter conexões com o governo do Distrito Federal, comandado por Ibaneis Rocha. Segundo informações do portal Metrópoles, um grupo de empresas ligadas ao esquema entrou no mercado de contratos públicos em Brasília, levantando suspeitas.
Contratos públicos com dispensa de licitação
O início do suposto esquema ocorreu com a dispensa de licitação para limpeza de hospitais pelo governo do Distrito Federal em 2019. A empresa BRA Serviços Administrativos Ltda, então relativamente desconhecida na área, ganhou um contrato de quase R$ 70 milhões com a Secretaria de Saúde. Esse contrato foi obtido sem licitação, o que causou indignação entre outras empresas concorrentes.
Irregularidades no processo dos contratos públicos no Distrito Federal
O portal Metrópoles informa que houve irregularidades no processo de concorrência. A BRA Serviços Administrativos Ltda não cumpriu o prazo estabelecido para a entrega de documentos, mas mesmo assim foi favorecida com o contrato. Isso levou a alegações de fraude e o caso acabou na justiça. O Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, exonerou 20 funcionários como resultado desse episódio.
Notavelmente, Osnei Okumoto, que estava à frente desse processo como Secretário de Saúde, tinha conexões políticas com o PP, partido do Centrão liderado por Arthur Lira e o senador Ciro Nogueira. Antes de se juntar ao governo do Distrito Federal, Okumoto tinha uma trajetória ligada a gestores indicados pelo PP no Ministério da Saúde.
A empresa BRA Serviços Administrativos Ltda continuou a receber verbas públicas. Em 2023, a empresa já havia obtido R$ 35 milhões dos cofres do Distrito Federal. O Tribunal de Contas encontrou irregularidades nesses pagamentos, e auditores apontaram suspeitas de má gestão dos fundos.
Além disso, a investigação da Polícia Federal flagrou dois políticos locais de Brasília, Gilvan Máximo e Laurício Monteiro Cruz, recebendo dinheiro em espécie, o que pode indicar um elo mais profundo no esquema de corrupção.
Este caso joga uma sombra sobre a integridade dos processos de contratação pública no Distrito Federal e levanta questões sérias sobre possíveis conexões com o governo. À medida que a investigação continua, mais detalhes podem emergir sobre o alcance e os envolvidos neste suposto esquema de corrupção.
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