As companhias aéreas estão se movimentando para ampliar a oferta de voos no Aeroporto Internacional Tom Jobim, mais conhecido como Galeão, situado na zona norte do Rio de Janeiro. Essa expansão está sendo motivada pela expectativa de restrições no Aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade, que serão implementadas gradualmente a partir de outubro de 2023.
A concessionária RIOgaleão está otimista, projetando um crescimento robusto de pelo menos 44% nos voos domésticos e de 41% nos voos internacionais no Galeão no segundo semestre de 2023, comparado ao mesmo período de 2022. Contudo, vale destacar que essa projeção representa pouco mais da metade (53%) do número de voos registrados no mesmo intervalo em 2019, antes do impacto da pandemia.
As restrições no Aeroporto Santos Dumont, anunciadas pelo ministro Márcio França (Portos e Aeroportos) em junho, surgiram em resposta a pressões de políticos e empresários do Rio de Janeiro. Essas medidas buscam evitar a concorrência entre os dois aeroportos, que estão separados por menos de 20 quilômetros, e focar o Santos Dumont na ponte aérea com Congonhas, em São Paulo, e nas conexões com Brasília. Os demais voos domésticos para o Rio serão deslocados para o Galeão.
Empresas como a Gol Linhas Aéreas já anunciaram planos de expansão no Galeão. A partir de 1º de outubro, a Gol aumentará a oferta no Galeão em mais de 70%, incluindo pousos e decolagens, e ampliará seus mercados atendidos no terminal para 22. Outras companhias, como Latam e Azul, também estão elaborando planos para novos voos a partir do Galeão, sinalizando uma resposta positiva à crescente demanda no aeroporto.
Essa realocação e expansão representam uma mudança significativa na estrutura de voos da cidade, refletindo os esforços das autoridades e das companhias aéreas em adaptar-se às novas regulamentações e às mudanças no mercado de aviação.
