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Cúpula Amazônica: Brasil e Colômbia em foco

(Foto: Agência Senado)

Cúpula da Organização para a Cooperação na Amazônia (OCA) agendada para a próxima semana inicia-se com divergências entre as abordagens do Brasil e da Colômbia em relação à proteção da região. Apesar das discussões sobre metas de desmatamento zero e a proibição da extração de petróleo na Amazônia, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou em entrevista à Reuters na quinta-feira(04) que essas posições não excluem a possibilidade de alcançar um consenso.

“Estamos observando declarações contundentes. O Presidente (Gustavo) Petro defende a proibição do petróleo, enquanto o Presidente Lula advoga pelo desmatamento zero. No entanto, não devemos concluir que o Petro seja contrário ao combate ao desmatamento, nem que o Presidente Lula ignore a importância das fontes renováveis de energia”, destacou Marina em uma entrevista exclusiva antes de sua viagem para Belém, onde ocorrerá a cúpula.

Segundo a ministra, Lula está comprometido com a energia renovável e planeja apresentar um ambicioso programa de energia eólica, solar e de biomassa. Ela também enfatizou que o Brasil está trilhando o caminho para uma matriz energética totalmente limpa.

“As declarações são ousadas. Lula propõe o desmatamento zero, o que é uma ousadia considerável, uma vez que as economias dos países desenvolvidos dependem de carvão, petróleo e gás. Em contraste, os países em desenvolvimento historicamente recorreram à conversão de florestas para atividades econômicas em diversos aspectos. Portanto, é uma afirmação corajosa para um país como o Brasil, que tem uma base agrícola significativa e desempenha um papel importante no comércio agrícola global, defender o desmatamento zero”, argumentou Marina.

Enquanto a Colômbia possui perspectivas limitadas de exploração de petróleo em sua região amazônica, o país está concentrando esforços na proibição dos combustíveis fósseis e em programas de reflorestamento. Ao mesmo tempo, reduziu sua meta de redução do desmatamento de 100 mil hectares por ano até 2025 para 140 mil hectares.

Por outro lado, o Brasil mantém atividades de exploração de petróleo na região amazônica e em áreas marítimas próximas à foz do rio Amazonas. O país recentemente disponibilizou 77 blocos adicionais para prospecção em terra no Amazonas e no Maranhão. A suspensão das licenças de exploração de campos da Petrobras na foz do Amazonas pelo Ibama gerou disputas internas no governo, que ainda carecem de resolução.

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