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JPMorgan rebaixa recomendação de ações da Petrobras após divulgação de resultados do 2º trimestre

(Fernando Frazão/Agência Brasil)
(Fernando Frazão/Agência Brasil)
(Fernando Frazão/Agência Brasil)
(Fernando Frazão/Agência Brasil)

As ações da Petrobras sofreram um rebaixamento na recomendação feita pelo JPMorgan, que reduziu a classificação de overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para neutro. Além disso, o preço-alvo para as ações preferenciais (PN) da estatal foi cortado de R$ 37 para R$ 35,50, embora ainda represente uma alta de 15% em relação ao fechamento anterior do mercado.

O mercado abriu com uma tendência negativa para as ações da Petrobras, e às 10h22 (horário de Brasília), os ativos ordinários (ON) apresentavam uma queda de 2,21%, cotados a R$ 33,56, enquanto as ações preferenciais (PN) registravam uma baixa de 1,33%, valendo R$ 30,51. Essa diferença pode ser explicada pelo anúncio da recompra de ações preferenciais.

O rebaixamento da recomendação pelos analistas do JPMorgan se deve a três fatores principais. Primeiramente, eles apontam que as boas notícias esperadas já estão precificadas devido ao forte desempenho das ações da Petrobras ao longo do ano. A nova administração da empresa ressaltou três pilares de valor – disciplina de capital, política de preços e política de dividendos -, o que impulsionou o desempenho das ações da Petrobras, tornando-a uma das empresas com melhor desempenho no mercado em 2023. Enquanto as ações ordinárias PETR3 tiveram um crescimento de 43% e as preferenciais PETR4 apresentaram ganhos de 50%, o Ibovespa registrou apenas uma alta de aproximadamente 10%.

Outro ponto de preocupação para os investidores é a execução da política de preços de combustíveis, com os analistas ressaltando os elevados descontos de paridade tanto na gasolina (-20%) quanto no diesel (-24%). Nesse contexto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou hoje que os preços dos combustíveis praticados internamente estão “no limite” e que a Petrobras fará repasses caso haja uma oscilação para cima na cotação do petróleo, o que poderia reduzir a aversão ao risco em relação às ações da estatal.

Por fim, o JPMorgan destaca que agora está menos confiante em manter as ações, pois seria necessário contar com dividendos extraordinários da Petrobras para que a empresa se destaque em relação aos concorrentes em termos de retorno aos acionistas.