Publicidade

BRICS : expansão e moeda própria em foco

Imagem: Novo Banco de Desenvolvimento – Banco do Brics/Divulgação
Imagem: Novo Banco de Desenvolvimento – Banco do Brics/Divulgação
Imagem: Novo Banco de Desenvolvimento – Banco do Brics/Divulgação
Imagem: Novo Banco de Desenvolvimento – Banco do Brics/Divulgação

Tópicos não agendados para a 15ª Cúpula dos BRICs podem ganhar destaque: os líderes do Brasil, China, Índia e África do Sul, que se reúnem entre 22 e 24 de agosto em Joanesburgo, podem ampliar as discussões sobre a expansão do bloco de países, a reforma da governança global e até a criação de uma moeda própria para transações comerciais.

Na segunda-feira (7), a ministra sul-africana de relações exteriores e cooperação, Naledi Pandor, compartilhou essa perspectiva, conforme informações da mídia local. O presidente russo, Vladimir Putin, participará remotamente da reunião, devido a um pedido de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) em março.

Pandor expressou que no encontro, é esperado que os líderes dos BRICs explorem oportunidades para realizar todo o potencial do grupo em prol de uma recuperação econômica global inclusiva e desenvolvimento sustentável.

Pandor destacou que o propósito central da cúpula é gerar planos concretos e viáveis para fortalecer a parceria entre os BRICs e o continente africano. A ministra apontou que a questão da expansão de membros do bloco tem sido debatida em diversos níveis desde a primeira cúpula dos BRICs em 2009.

“Em 2010, a África do Sul tornou-se a primeira beneficiária da expansão, recebendo convite para a cúpula de 2011. Recebemos manifestações formais de interesse de líderes de 23 países, além de abordagens informais sobre as possibilidades de novos membros dos BRICs”, revelou Pandor.

Ela também compartilhou ter recebido interesses de países como Argélia, Argentina, Bangladesh, Bahrein, Bielorrússia, Bolívia, Cuba, Egito, Etiópia, Honduras, Indonésia, Irã, Cazaquistão, Kuwait, Marrocos, Nigéria, Palestina, Arábia Saudita, Senegal, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, Venezuela e Vietnã. Pandor interpretou esse interesse como um reconhecimento da influência dos BRICs na defesa dos interesses globais do Sul.

A ministra observou que, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os países dos BRICs detêm maior participação na atividade econômica global, em termos de paridade de poder de compra, em comparação com os países do G7.

“Juntos, os BRICs representam cerca de 42% da população mundial, quase 30% do território global, cerca de 27% do PIB global e aproximadamente 20% do comércio internacional”, destacou. Ela concluiu, enfatizando que não se trata de uma competição, mas sim da necessidade de dar voz e respeito às nações dos BRICs, do Sul Global e da África na governança econômica, financeira e política mundial.