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Mercado financeiro prevê redução da taxa selic para menos de 12% ao ano até o final de 2023

(Imagem: Pixabay/Lorenzo Cafaro)

Após o recente corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, os juros básicos da economia, a expectativa das instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) é de uma diminuição ainda maior até o encerramento deste ano. A queda acentuada da inflação levou o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC a reduzir os juros pela primeira vez em três anos, levando a taxa Selic de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano.

De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (7), a previsão para o mercado é que a taxa básica encerre o ano de 2023 em 11,75% ao ano, uma revisão para baixo, já que na semana passada a expectativa era de 12% ao ano. O mesmo relatório aponta que a taxa Selic deve cair para 9% ao ano até o fim de 2024. Para os anos de 2025 e 2026, a previsão é de que a taxa permaneça em 8,5% ao ano.

A última vez que o BC havia reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa foi reduzida de 2,25% para 2% ao ano, em resposta à crise econômica gerada pela pandemia de covid-19. Posteriormente, o Copom elevou a Selic em 12 vezes consecutivas, iniciando em março de 2021, devido ao aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis, e, a partir de agosto do mesmo ano, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes consecutivas.

A taxa Selic é um instrumento-chave do BC para alcançar a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A redução da taxa básica de juros tem o objetivo de conter a demanda aquecida, o que pode impactar nos preços, uma vez que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Porém, além da Selic, os bancos consideram outros fatores ao definir os juros cobrados dos consumidores, como o risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Dessa forma, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom opta pela redução da Selic, espera-se que o crédito fique mais acessível, estimulando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e impulsionar a atividade econômica.

Previsões para a Inflação, PIB e Câmbio

Segundo o Boletim Focus de hoje, a projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – permanece em 4,84% para este ano. Para 2024, a expectativa é de uma inflação de 3,88%, enquanto para os anos de 2025 e 2026, as previsões são de 3,5%.

A estimativa para a inflação de 2023 está acima do teto da meta de inflação definida pelo BC. O Conselho Monetário Nacional estabeleceu a meta de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior é de 4,75%.

O relatório também aponta que a chance de a inflação oficial ultrapassar o teto da meta em 2023 é de 61%, de acordo com o último Relatório de Inflação do BC.

Já a projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2023 subiu de 2,24% para 2,26%. Para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,3% no Produto Interno Bruto (PIB), enquanto para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão de 1,9% e 2%, respectivamente.

Quanto ao câmbio, as previsões indicam que a cotação do dólar deve ficar em R$ 4,90 para o final deste ano, e em R$ 5,00 até o fim de 2024.

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